terça-feira, 14 de junho de 2011

Nascemos para amar: a Humanidade - Arcadismo

Nascemos para amar; a humanidade

Vai tarde ou cedo aos laços da ternura:

Tu és doce atractivo, ó formusura,

Que encanta, que seduz, que persuade.



Enleia-se por gosto a liberdade;

E depois que a paixão n'alma se apura

Alguns então lhe chamam desventura,

Chamam-lhe alguns então felicidade.
Qual se abismou na lôbregas tristezas,

Qual em suaves júbilos discorre,

Com esperanças mil na ideia acesas.
Amor ou desfalece, ou pára, ou corre;

E, segundo as diversas naturezas,

Um porfia, este esquece, aquele morre

Bocage

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